15/04/2020 às 11h39
Redação
Campo Grande / MS
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa aprovou o teste de um medicamento já existente no mercado brasileiro em 500 pacientes com covid-19, informou o ministro Marcos Pontes, do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) nesta quarta-feira (15).
O nome da substância, que teve resultados promissores em ensaios laboratoriais, não foi revelado pelo ministro, "para evitar uma correria em torno deste medicamento".
O estudo será duplo cego (médico e paciente não saberão a substância que será administrada) e randomizado (pacientes aleatórios escolhidos). Este é um tipo de protocolo internacional, amplamente usado para ensaios clínicos de medicamentos.
"É claro que tem um corpo [de pesquisadores] que vai fazer isso [distribuir] anterior ao recebimento do medicamento ou do placebo pelo médico. O médico de forma randomizada vai aplicar o medicamento ou o placebo. Depois de todo o protocolo clínico realizado, isso é desvendado", excplicou o secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales.
As pesquisas iniciadas pelo ministério foram feitas pelo CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e envolvem a busca por um medicamento que já se encontre no mercado e possa ter resultados contra o novo coronavírus, chamada reposicionamento de fármacos.
Seis moléculas se mostraram promissoras, sendo que uma delas, a que será estudada em humanos, apresentou 94% de eficácia nos ensaios in vitro (com células infectadas em laboratório).
Marcos Pontes ressaltou que não é a cloroquina que está sendo estudada, mas um "remédio sem efeito colateral".
"O fato de ele não ter esses efeitos colaterais significa que pode ser usado por qualquer pessoa desde o início do problema".
Apenas pacientes internados em sete hospitais (cinco no Rio de Janeiro, um em São Paulo e um no Distrito Federal) selecionados serão submetidos ao teste.
Eles receberão o remédio por via oral durante cinco dias e permanecerão em observação por um período de 14 dias ao todo. Os participantes terão que assinar um termo de consentimento.
Os pacientes elegíveis serão aqueles que derem entrada nos hospitais selecionados com quadro de pneumonia "e todas aquelas características importantes de um paciente com covid-19, que são febre, tosse e aquela tomografia com vidro fosco", afirmou Morales.
Diariamente, os pesquisadores vão medir a carga viral dos pacientes para identificar se houve diferença entre os que receberam placebo e os que tomaram o medicamento selecionado para o estudo.
"Esperamos que estes testes sejam concluídos em aproximadamente quatro semanas, a depender da entrada desses pacientes", disse Pontes.
O ministro admitiu, no entanto, que é preciso aguardar o resultado do ensaio clínico.
"Existe possibilidade de isso não funcionar? Existe. Ciência é sempre assim", embora tenha se mostrado otimista.
FONTE: Portal R7
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