05/11/2024 às 09h46
Redação
Campo Grande / MS
Um “banco” operado pelo dirigente do PT de Brasília, Fernando Nascimento Silva Neto, que já foi procurador do ex-ministro petista José Dirceu está sendo investigado em sigilo pela Polícia Federal por uso de documento falso do Tesouro Nacional indicando R$ 8,5 bilhões como lastro de seu capital social. O alvo é o Atualbank, que teria “laranjas” em sua constituição, ligação com condenado por estelionato em Mato Grosso e suposta atuação na capital federal, segundo o jornal Estadão.
O Tesouro Nacional informou à reportagem que é falsa a suposta letra de crédito bilionária que lhe foi atribuída pelo Atualbank. E indicou que o uso do documento falso apresentado à Junta Comercial de São Paulo deveria ser analisado pela PF, porque cita ter em “cofre da tesouraria” uma Letra de Crédito do Tesouro Nacional de “Série Z”, que teria sido emitida conforma lei de 1970; mas não há letras do Tesouro de série Z emitidas na década de 1970.
O uso do documento falso chegou a ser minimizado por Fernando Neto, em agosto, sob a alegação de que nunca utilizou o título que não teria funcionalidade alguma para o Atualbank. Sobre a investigação, Fernando Neto não respondeu à reportagem do Diário do Poder.
Além deste quadro de suspeitas, o Atualbank é investigado por suposto calote aplicado na capital paulista, a uma empresa que buscou seus serviços de linhas de financiamento internacionais. E nunca obteve autorização do Banco Central para operar como instituição financeira. A empresa informou à Receita Federal que tem como atividade “consultoria em tecnologia da informação”, “administração de cartões de crédito”, “correspondentes de instituições financeiras” e “consultoria em gestão empresarial”.
Antes de ser oficializado no comando da Atualbanki, a companhia tinha como “banqueiro”, no papel, o eletricista instalador de ar-condicionado, Cristiano dos Santos Cordeiro Velasco, que vive em Búzios (RJ) e já dependeu de auxílio emergencial pago pelo Governo Federal, durante a pandemia de covid-19. Ele disse à reportagem ter emprestado seu nome em troca de dinheiro.
O Estadão ainda revela que Walter Dias Magalhães Junior atuaria nos bastidores da operação do “banco” do ex-faz-tudo de Dirceu. Este suposto operador do Atualbank foi condenado por estelionato em primeiro grau pela Justiça de Mato Grosso, acusado na Operação Castelo de Areia de lucrar mais de R$ 50 milhões com golpes contra empresários. E teve sua alcunha de “Walter Tiburtino” retirada da seção “quem somos” do site da empresa, onde aparecia como “conselheiro administrativo”.
FONTE: Davi Soares
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